Estudantes do Porto exigem reposição do passe escolar

18-10-2012

A estação de metro da Trindade foi o local escolhido para, dia 17 de Outubro, às 17h30, os estudantes mostrarem o seu desagrado contra os cortes no passe escolar, de que foram alvo no início do ano lectivo.

O objetivo da acção de protesto "Quero o meu passe de volta!" é a recuperação do desconto de que os estudantes beneficiavam no passe mensal de metro e autocarro, no início do passado ano lectivo.

A emenda "prevê agora o desconto de 60% apenas para os estudantes que beneficiem da Acção Social Escolar”, medida que os estudantes consideram "injusta", defendendo que "o passe escolar e o direito à mobilidade é de todo e qualquer estudante". Alegam não se tratar de "um capricho" mas sim de um "direito estudantil que não pode ser retirado", apelando no Youtube à participação de todos os estudantes do ensino superior do Porto.

Organizada pela Associação de Estudantes da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (AEFBAUP), foi divulgado nas redes sociais e contou com a solidariedade de associações de estudantes de outras instituições, como AEESEP, AEFLUP, AEESMAE e AEFAUP, e com cerca de 200 confirmações.

O protesto contabilizou uma centena de participantes, número que os organizadores admitem ser "modesto". “Há muitas condicionantes. Há malta que ainda está em aulas, há muita gente que trabalha e estuda. Tudo isto torna as coisas complicadas”, justificou a dirigente da AEFBAUP Maria Silva, considerando que, ainda assim, sentiu “muita receptividade”.

“É complicado para muita malta, nomeadamente a que vem de Vila do Conde, Póvoa de Varzim e Maia, pagar 60, 80 e 100 euros por mês para se deslocar ao polo universitário do Porto”, disse a dirigente da AEFBAUP.

“A esta despesa, acresce o que se gasta em material escolar, nas propinas e naquilo que é exigido por qualquer papelzinho na faculdade, para multas, taxas e emolumentos. É incomportável”, afirmou ainda Maria Silva.

Os estudantes envolvidos no protesto da estação da Trindade entraram no cais de embarque e entoaram palavras de ordem como “não validamos estas políticas”, “o passe escolar não é para cortar e “o passe é nosso e há de ser”.

Fontes
Este artigo contém informação proveniente de meios de comunicação comerciais; a sua fiabilidade não é garantida.
Secção: