Espanha: estudantes do ensino secundário público fazem greve por 3 dias contra a reforma educativa

05-02-2013

Em Espanha, o Sindicato de Estudantes convocou três dias consecutivos de greve a partir desta terça-feira, 5 de Fevereiro 2013. No primeiro dia, a greve teve um apoio sem precedentes, segundo os estudantes: 80% nas escolas e institutos públicos de ensino secundário.

Os estudantes protestam contra a futura Lei Orgânica para a Melhoria da Qualidade Educativa (Lomce), que consideram uma «contra-reforma franquista», «segregadora» dos alunos e «privatizadora» do ensino de qualidade.

Para esta semana de luta em toda a Espanha, o Sindicato de Estudantes organizou 750 comités e 500 piquetes que explicarão os motivos da mobilização.

Além da greve geral de estudantes nas escolas públicas, estão previstas manifestações durante toda a semana, bem como protestos durante as tardes de quarta-feira e quinta-feira. Em Madrid, a manifestação de estudantes de quarta-feira decorrerá a partir das 12:00 e a de quinta-feira, que deverá ser seguida em outras 100 cidades espanholas, arrancará às 18:30.

Segundo declarou o secretário geral do sindicato, Tohil Delgado, a comunidade educativa não é «alheia» aos (recentes) «escândalos de corrupção do PP», pelo que vai aproveitar os protestos na rua para pedir a «demissão em bloco de todo o Governo» e não apenas do ministro de Educação.

Esta greve de 72 horas é uma segunda semana de luta que se segue a greve que teve lugar em 16 de Outubro passado e cuja adesão chegou aos 70%.  A mobilização é apoiada por várias organizações sindicais, assim como pela confederação de pais (CEAPA) .

Quantos aos números de hoje, segundo a Consejería de Educación, os valores de adesão serão bastante inferiores aos 80% avançados por alguns jornais, oscilando entre 8 e 28%. Contudo, essa não será seguramente a fonte de informação mais fiável.

O Sindicato de Estudantes anunciou que convocará mais três a sete dias de greve em Fevereiro se o ministro da Educação, José Ignacio Wert, não retirar a proposta de reforma educativa , se não «devolver» os mais de 5000 milhões que cortou em educação em 2012, e se não se demitir até sexta-feira.

O Secretário-Geral do Sindicato dos Estudantes, Tohil Delgado, disse não quererem «aceitar ser a geração que perdeu a escola pública nas mãos do Governo PP».

Fontes
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