595 empregadas de limpeza gregas: 11 meses de luta cerrada contra o governo e a Troika
por LA
Dispensadas em Setembro de 2013 e colocadas sob estatuto de «disponibilidade», despedidas ao fim de oito meses, e após 11 meses de um longo e amargo combate, as 595 empregadas de limpeza da função pública tornaram-se a encarnação, o símbolo, a alma e a vida da resistência contra a política de austeridade na Grécia! Estas mulheres tornaram aos poucos «sujeito político» e líderes de toda a actual resistência contra a política da Troïka, ousando afrontar um inimigo tão poderoso como o governo grego, o Banco Central Europeu, a Comissão Europeia e o FMI...
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O centro da cidade de Istambul é agora um lugar intemporal, após a retirada da polícia. Cercados por barricadas, o Parque Gezi e a Praça Taksim pertencem agora unicamente ao povo e a ideias antes vetadas pelo mainstream.
O governo grego encerrou, em 11 de Abril, a página Indymedia Atenas do movimento internacional antiglobalização, ao mesmo tempo que os nazis se passeiam pelas televisões.
O grupo Taksim Solidariedade reuniu-se esta manhã com o vice primeiro-ministro turco para apresentar os protestos e exigências da população, tornadas públicas neste comunicado. Por todas as cidades da Turquia a contestação à governação vai subindo de tom.
Têm uma moeda própria, um sistema de saúde autogerido, uma rede educativa e um gabinete de habitação. São cooperativas de autogestão e auto-organização, grupos de pessoas que vivem à margem do sistema, tomam decisões em assembleia e baseiam a sua organização na confiança. Na Catalunha, já há 1200 cidadãos que optaram por esta maneira de viver e a implantação destas comunidades está a espalhar-se.
A coligação Por Uma Primavera Europeia promoveu uma jornada de protesto contra as medidas de austeridade na Europa, seguida de ocupação da sede do edifício onde se produzem os relatórios económicos que sustentam as tomadas de decisões austeritárias da Troika. A polícia deteve 30 ocupantes.
Na Grécia, está a tornar-se deveras preocupantes a onda de discriminação e violência incentivada pelo partido neo-nazi, que conseguiu ter representação parlamentar nas eleições de Junho 2012. Desde então, o Aurora Dourada tem aumentado as suas agressões xenófobas contra imigrantes, mas não só: também militantes de esquerda, anarquistas, homossexuais e agora judeus, têm sido alvo de insultos, ameaças e perseguição.