por LA
O presidente do Sindicado dos Fluviais avisou que vão parar todas as ligações no Tejo durante a tarde de terça-feira, para realização de plenário dos trabalhadores, após as reuniões com a administração da Transtejo se terem revelado «infrutíferas».
«Ao longo dos meses de verão existiram negociações com a Transtejo mas foram infrutíferas e em três não compareceu nenhum administrador. Nunca avançaram com nada e não negociaram», disse Artur Toureiro, citado pela Lusa.
O sindicalista referiu que os trabalhadores das duas empresas do grupo, a Transtejo e a Soflusa, vão realizar na tarde de terça-feira plenários distintos, que vão originar uma paralisação das ligações fluviais entre as duas margens do Tejo.
Vamos transmitir aos trabalhadores o que aconteceu e que não conseguimos uma negociação séria, como era a nossa intenção. Novas medidas de luta vão estar em cima da mesa, apesar de não ser isso que queríamos», garantiu.
Artur Toureiro afirmou que uma das principais intenções dos trabalhadores é um reescalonamento salarial, defendendo a integração de subsídios no vencimento base.
«Não queremos aumentos, mas os salários são baixos e existem depois vários subsídios. A nossa proposta para a negociação passava pela integração de alguns subsídios no vencimento base, pois os trabalhadores temem que se acabe com os subsídios, nesta altura de tanta austeridade», explicou.
Os trabalhadores da Soflusa, empresa responsável pela ligação entre o Barreiro e Lisboa, vão realizar o plenário no terminal do Barreiro, enquanto os trabalhadores da Transtejo, que faz todas as restantes ligações no Tejo, reúnem-se em Cacilhas, Almada.
"Perante a maior e mais feroz ofensiva aos direitos dos Trabalhadores em geral e aos do sector dos Transportes em particular, uge dar respostas", declara o comunicado dos trabalhadores da Soflusa. A ordem de trabalhos é a seguinte:
1- Análise do resultado da Reunião de Conciliação
2- Informações, avaliação e análise da situação presente
3- Medidas a tomar