Trabalhadores do lixo de Lisboa reclamam condições de trabalho

02-10-2012

Trabalhadores municipais da limpeza urbana de Lisboa queixaram-se ontem da falta de condições de trabalho e alertaram que os munícipes poderão vir a pagar mais taxas se os serviços forem privatizados.

Um grupo de trabalhadores concentrou-se ontem, em plenário, em frente aos Paços do Concelho e dirigiu-se depois ao Largo do Intendente para entregar a moção aprovada no gabinete do presidente da Câmara Municipal de Lisboa, António Costa.

À Lusa, Francisco Raposo, do Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa, sublinhou a «degradação das condições de segurança e saúde no trabalho» e referiu que há «postos de limpeza que são autênticas armadilhas». «Temos falta de material de trabalho básico, nomeadamente pás e vassouras, e há falta de ou são desadequados os equipamentos de protecção individual», como os fatos de água, enumerou.

O sindicalista indicou que o recado a dar ao presidente da autarquia também inclui uma referência à «concentração de jornadas de trabalho em enorme esforço na mesma altura em que os rendimentos dos trabalhadores são cortados sucessivamente». Aos trabalhadores têm chegado informações e «outros dados mais sólidos» de que, ao abrigo da «suposta lei das novas competências, algumas juntas de freguesia já reivindicam e algumas estão a tentar levar à prática o assumir do sector da limpeza urbana». Até agora, esta área é da «exclusividade dos municípios», referiu Francisco Raposo.

Segundo o representante, além de os postos de trabalho estarem «em perigo», pode haver uma «sobrecarga sobre as famílias de trabalhadores de Lisboa» com a fixação de novas taxas para pagar a empresas que podem vir a assumir o serviço de limpezas. «As empresas não vão fazer serviço público. O objectivo é ter lucro e isso será à custa da população», avisou o sindicalista.

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