Trabalhadores ocupam 6 hospitais de Madrid contra privatização

07-11-2012

Centenas de pessoas manifestaram-se ontem, 6 de Novembro 2012, em apoio aos trabalhadores que ocupam o Hospital Universitário de La Princesa, desde o passado dia 2 de Novembro e indefinidamente, contra a sua privatização anunciada pelo Governo regional. 

Uma multidão de apoiantes na rua gritava palavras de ordem como: «La Princesa não se vende», «saúde pública universal para todos», «não à privatização».

A Coligação Sindical Independente de Trabalhadores (CSIT) - União Profissional fez um abaixo assinado para «dar a entender» ao Governo regional que os pacientes que acorrem a este centro hospitalar «não querem mudar de especialistas nem de médicos».

Também o Hospital Infanta Leonor se encontra ocupado indefinidamente desde 5 de Novembro, para protestar contra o processo de «externalização» (privatização de serviços) de seis centros hospitalares anunciados pelo governo regional. Segundo o sindicato, cerca de 80 pessoas continuam encerradas no auditório deste hospital. 

"Permaneceremos encerrados até que alguém nos explique qual vai ser o futuro da saúde pública», afirmou um porta-voz sindical. Durante a ocupação os trabalhadores formaram diferentes grupos de trabalho e planeiam diversas accões, entre as quais: a “sentada” que realizaram frente à porta central do hospital ou a recolha de assinatura junto dos utentes.

Também os trabalhadores do Hospital del Henares, decidiram concentrar-se ontem, 6 de Novembro, entre as 16 e as 18 horas no átrio do hospital para protestar contra a privatização dos centros hospitalares e a transformacão do Hospital La Princesa num centro "geriátrico".

Segundo comunicado da UGT, os trabalhadores consideram a decisão da Comunidade de Madrid de privatizar o Hospital del Henares como "desnecessária". Além disso, o sindicato acusa o Governo regional de pretender "fazer negócio com a saúde dos madrilenhos e com a precariedade das condições laborais dos trabalhadores".

Também os trabalhadores do Hospital Carlos III de Madrid iniciam hoje, 7 de Novembro, uma ocupação em protesto pela privatização dos seis hospitais e concretamente pela conversão deste hospital em "crónico".

A organización sindical CSIT considera que se está em curso um processo de "deterioração brutal" do serviço público de saúde para "favorecer a sua mercantilização, neste caso e em concreto, as empresas concessionárias que vêm gerindo os novos hospitais da região, o que se repercutirá numa grave deterioração da qualidade do serviço público ao cidadão".

Segundo informação do CSIT Unión Profesional num comunicado, os empregados do Hospital del Tajo (Aranjuez) e do  Hospital del Sureste (Arganda), também iniciaram ocupações com o objectivo de que a Consejería de Sanidad faça marcha atrás nas medidas que pretendem privatizar seis dos hospitais da Comunidade de Madrid.

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