por admin
Este jornal não é neutro!
Não fazemos de conta que não pertencemos a este mundo, que não temos nada a ver com interesses estabelecidos, como se fôssemos deus nos céus. A equipa deste jornal sabe que tem de escolher um campo logo à partida, de definir o que é notícia e o que não é – como, de resto, fazem todos os órgãos de informação. O nosso campo de eleição é o dos trabalhadores, com exclusão de todos os outros.1
O que é para nós uma notícia?
São notícia as acções, reuniões, métodos de trabalho e experiências organizativas dos trabalhadores; são notícia as suas lutas; as suas actividades lúdicas; os ataques directos que lhes forem dirigidos, a forma como respondem a eles, as suas reivindicações, etc. São notícia os actos políticos concretos que afectam a vida e o futuro dos trabalhadores.
Promessas, declarações opinativas, guerras de capoeira política não são notícia. Quando um político promete redução de impostos se um dia for eleito, isso não é notícia – é uma promessa de notícia e provavelmente uma tentativa de manipulação da informação. Quando os impostos forem de facto aliviados, então sim, isso será uma notícia.
Onde vamos buscar os conteúdos informativos?
A maioria dos jornais vai buscar as notícias às agências noticiosas (ao serviço de grupos económicos), ou ao «espírito santo de orelha» (contactos partidários e governamentais), ou às administrações das empresas.
O nosso jornal vai buscar as notícias directamente à fonte dos movimentos sociais: comissões de trabalhadores, comissões de bairro, sindicatos, movimentos cívicos.
Como chegam as notícias ao nosso jornal?
As notícias podem ser-nos enviadas directamente pelas organizações e movimentos. Podem ser sugeridas por leitores e colaboradores, desde que a idoneidade da notícia seja verificável. Depois de recebidas são postas em conformidade com os nossos princípios editoriais e de estilo, e publicadas.
Como chegam as notícias aos nossos leitores?
Primeiro, através da página electrónica do jornal. Depois, através de edições periódicas em formato A3 ou A4, publicadas na nossa página e prontas a descarregar e imprimir.
O nosso público-alvo não só tem uma responsabilidade na criação de notícias, mas também é responsável pela sua distribuição.
Porque não fazemos nós mesmos uma edição impressa?
Porque sai caro – tão caro que seríamos forçados a perder a nossa independência económica e política; porque a distribuição do jornal no circuito comercial nos poria inteiramente à mercê dos distribuidores (que defendem os mesmos interesses dos proprietários dos grandes órgãos de comunicação).
Donde vem o financiamento d'A folha?
Só pode vir do mesmo sítio donde vêm e para onde vão as notícias: os trabalhadores. Seja através de donativos, seja através da venda de exemplares impressos por iniciativa local, seja através de outras iniciativas que deixamos à imaginação do nosso público.
Junta-te a nós!
Vamos fazer a folha àqueles que desinformam, exploram e oprimem 99% da população! Junta-te a nós!
Colabora connosco enviando notícias ou apontamentos de notícias.
E por fim, se tens tempo livre, junta-te à nossa equipa.
[1] Em resposta à dúvida expressa por alguns leitores sobre o sentido de dedicarmos esta publicação em exclusivo aos trabalhadores, recordamos que a expressão «trabalhadores» no contexto político designa todos aqueles que dependem da venda da sua força de trabalho ao longo da vida - quer sejam trabalhadores no activo, reformados, desempregados, inválidos, imigrantes, donas-de-casa, etc. - por oposição a quem vive de uma renda obtida à custa da força de trabalho alheia.