A campanha contra a APRe! não passará!

05-03-2013

Mal tinha dado entrada na cena pública, a APRe! (Associação de Aposentados, Pensionistas e Reformados) tornou-se alvo de uma campanha de logros, maledicência e desinformação. Várias associações concorrentes (e fictícias) foram constituídas à pressa, tentando subtrair terreno à APRe! Por aqui se pode medir o susto que a associação de reformados e pensionistas causou aos poderes instituídos.

A primeira circular dos órgãos directivos recém-eleitos da Associação explica de forma clara o estado actual da sua actividade e as manobras de difamação e desgaste de que está a ser alvo. A Folha aproveita esta oportunidade para inaugurar uma forma de transmitir notícias que fazia parte da nossa agenda inicial mas que tardava a ser aplicada: quando os movimentos sociais produzem por si mesmos um texto noticioso claro, conciso e suficiente, o jornalista não deve imiscuir-se arrogantemente na reescrita da notícia, limitando-se a transmitir na sua inteireza os dados que lhe chegaram às mãos. Por isso transcrevemos na íntegra este informe aos associados da APRe! (apenas foi retirado o parágrafo de saudação e informação interna).

Amanhã, dia 5 de Março, pelas 16H00 no Café Santa Cruz, em Coimbra, vai realizar-se a cerimónia pública de tomada de posse dos eleitos da APRe! Queremos convidar todos os que puderem estar presentes, a comparecerem neste momento de grande significado para a nossa Associação.

Estamos a viver um momento de grande desinformação e de intoxicação da opinião pública por parte de um grande número de órgãos de comunicação social. O pouco relevo que foi dado à APRe! nas Manifestações de 2 de Março revela bem o incómodo que causamos junto do poder. A APRe! apresentou-se em 4 cidades (naquelas em que havia mais de 100 associados) com uma grande faixa, com t-shirts, bonés e guarda-chuvas, o que deu um colorido diferente às manifestações e marcou bem a nossa presença. Nas cidades onde não havia este material, os Associados dinamizaram-se localmente e fizeram as suas faixas, como por exemplo, em Leiria. Em Coimbra, um jornal regional descrevia a APRe! como o grupo mais organizado da Manifestação, contudo, as televisões pouco realce deram a esse conjunto, embora fosse, de facto, a novidade deste grande protesto. 

A juntar a esta falta de informação, somos todos os dias «bombardeados» com manchetes de jornais, que fazem um grande favor ao Governo, tentando preparar a opinião pública para os cortes que aí vêm, a propósito da refundação do Estado. O Correio da Manhã tem sido descaradamente o grande promotor da confusão instalada. Há dias trazia uma manchete em que afirmava que o Governo gastava com pensões 37 milhões de euros diários. Quem ler, pode acreditar, se não estiver informado de que as pensões do regime contributivo não são pagas com dinheiro do orçamento de estado mas sim com as transferências feitas a partir das contribuições para o sistema. Ontem, referia que «Fraudes na Segurança Social ameaçam reformas: faltam 52 mil milhões». Não se diz quem cometeu as fraudes e porque é que hão-de ser os reformados a pagar as fraudes que outros cometeram. Hoje, a manchete refere que «Estado tem mais reformados que activos» – Se assim é, como é que o Governo se prepara para despedir 50.000 funcionários públicos? E porque é que não esclarece que desde 2006 todos os funcionários que entraram para o Estado deixaram de fazer descontos para a CGA e passaram a fazê-los para a Segurança Social? Os números são manipulados.

PROPOSTA DA APRE!: durante uns tempos, não compre o Correio da Manhã! Quem quiser e tiver disponibilidade, pode enviar cartas ao Director deste jornal a questionar a sua posição relativamente aos Reformados.

Também este fim de semana fomos informados, com algum destaque na comunicação social,  sobre um novo movimento de reformados (MRI) que foi constituído pelo Sr. Filipe Pinhal (ex-presidente do BCP) e actual beneficiário de uma reforma de 70 mil euros mensais. Este senhor, que ainda há meses foi condenado a pagar multas de 800 mil euros por deslizes financeiros, está muito longe de liderar pensionistas que tiveram cortes nas reformas de 1350 euros, mas o problema é que, intencionalmente (ou não) aparece associado à APRe! nalguma comunicação social (DN de hoje, artigo de Ferreira Fernandes – o banqueiro indignado).

Já hoje recebi um mail a insinuar (maldosamente) que teria sido o Sr. Pinhal a pagar as t-shirts, bonés e guarda-chuvas que a APRe usou nas manifestações! E num outro vinha um artigo de onde destaco esta «prosa»: «Na véspera da manifestação, já era conhecido que a ala dos reformados seria encabeçada pelo Dr. Filipe Pinhal, um antigo administrador do Bcp. A sua liderança sugeria que atrás dele não alinhariam as ceifeiras e os tratoristas reformados da UCP Margem Esquerda. E não vieram. Vieram reformados e não reformados que mais pareciam saídos do Tamariz ou das slot machines do Casino do Estoril do que da Lisnave ou da manutenção da Tap.»

Esta amostra revela bem a campanha contra a APRe!.

Alguns Associados ainda têm o NIB da Comissão Instaladora. Desde que a Associação foi legalizada, abrimos uma conta em nome da associação cujo NIB é 0035 0185 00021699 930 81. Para quem pagar as quotas através da Caixa Geral de Depósitos o número da conta da APRe! é 0185 021699 930.

Saudações APRistas

A Presidente eleita da APRe!

Maria do Rosário Gama

Fontes

APRe! – Associação de Aposentados, Pensionistas e Reformados

(Nota da Redacção: têm-nos sido dirigidas cartas no sentido de fornecermos formas de contacto e inscrição na APRe! Temos também notícia de que muitos reformados e pensionistas gostariam de acompanhar as actividades e notícias da associação, mas não sendo utilizadores da rede digital ficam automaticamente excluídos da participação activa no processo. Os contactos e formas de obtenção da informação necessária para acompanhar a actividade deste movimento social serão aqui publicados a breve trecho, logo que obtenhamos resposta da Associação. Entretanto, aqui fica o e-mail de contacto disponível no próprio site: apre2012@gmail.com)

Artigo baseado em informação proveniente de movimentos sociais.
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